quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Aquisição de uma segunda língua


 A AQUISIÇÃO DE UMA L2
(Algumas variáveis cognitivas e afectivas)
MARIA DE FÁTIMA A. CUNHA ARAÚJO

A investigação mais recente sobre o estudo de uma segunda língua confirma a hipótese de que os processos de aquisição (formulação inconsciente de princípios gramaticais) e de aprendizagem (o estudo consciente, de base cognitiva, da gramática) representam dois sistemas de interiorização do conhecimento da língua.
Por outro lado, e de acordo com um corpo de pesquisa cada vez mais volumoso, o grau elevado de insucesso no desenvolvimento da capacidade comunicativa na L2 (segundo idioma) deve-se fundamentalmente ao facto de as metodologias tradicionais terem considerado o estudo da língua como actividade intelectual, secundarizando (ou não considerando mesmo), entre outras, as variáveis afectivas.


Estamos perante uma viragem com implicações metodológicas profundas: a focalização desloca-se da formalização para os sentidos das comunicações genuínas, para as mensagens; a compreensão precede a produção; durante as actividades de aquisição os professores não fornecem feedback directo para os erros, de modo a não inibir a participação dos alunos em interacções comunicativas; nas primeiras fases de aquisição o vocabulário é mais importante para a compreensão do que as estruturas de superfície da sintaxe; as regras de gramática têm um lugar importante apenas na fase de edição. Para além de muitas outras.(....)


(...)O fracasso das metodologias tradicionais no desenvolvimento de uma capacidade comunicativa entre os estudantes de um L2 é por demais evidente. Fundamentadas no pressuposto da fragmentação da língua em unidades a ensinar/aprender, em termos de individualidade, e apoiadas numa perspectiva de aprendizagem mecânica, privilegia-se nelas o formalismo e a actividade meramente cognitiva, assente na monitorização permanente, inibidora da comunicação efectiva e consequente. (...)


texto completo

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Brazil-Turkey 1, sanctions 0



THE ROVING EYE
Brazil-Turkey 1, sanctions 0
By Pepe Escobar




As D-Day approached in Tehran, it was as if the whole world was watching a numbers game. Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva, on his way to Iran, said the chances of convincing the Islamic Republic to accept a nuclear fuel swap deal were close to 99%. Russian President Dmitry Medvedev, after meeting with Lula in Moscow last Friday, said the chance was more like 33%. And the United States State Department, via Secretary Hillary Clinton, was all out pre-emptive, betting in fact on 0%.

Lula won the bet. If this was a football match - next month's World Cup will be followed by billions around the globe - the final result would be Brazil-Turkey 1, United States 0, with the golden goal struck in the final minute of extra time.

full text here

Teacher's note: This is not the text we read in class, that one is here.

terça-feira, 11 de maio de 2010

'Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos', diz linguista


  Foto: Fernanda Calgaro/G1 
Para David Graddol, o ideal é que o docente fale a mesma língua do aluno.
Especialista diz que o ensino do idioma no Brasil tem décadas de atraso.

Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo


Ao contrário do senso comum, o melhor professor de idiomas não é o nativo, mas aquele que fala também a mesma língua do aluno. A vantagem desse profissional está na capacidade de interpretar significados no idioma do próprio estudante. Com a hegemonia ameaçada no caso do inglês, professores americanos e britânicos devem reavaliar a maneira como ensinam o idioma.

As conclusões fazem parte de duas pesquisas desenvolvidas pelo lingüista britânico David Graddol, 56 anos, a pedido do British Council, órgão do governo do Reino Unido voltado para questões educacionais.

No Brasil para participar de seminários sobre língua estrangeira, ele avalia que o ensino do inglês nas escolas brasileiras está muitas décadas atrasado em relação a outras nações e sugere que o país aproveite os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo para tentar correr atrás do prejuízo.

Durante 25 anos, Graddol foi professor da renomada UK Open University e atualmente é diretor da The English Company e editor da Equinox Publishing. Ele prepara um terceiro estudo, este focado mais na Índia, que será publicado até o final do ano. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao G1.

G1 – Qual o perfil ideal de um professor de idiomas?
David Graddol -
O melhor professor é aquele que fala a língua materna de quem está aprendendo o idioma. Também é preciso ser altamente capacitado e ter um ótimo domínio do idioma, claro.





  • Aspas Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Minha opinião é que elas estão erradas"
G1 - O sr. considera então que os professores nativos estão perdendo terreno para outros que falam também a língua do aluno?
Graddol -
Sim e não. O que acontece é que, usando uma metáfora, o bolo geral está crescendo, porque atualmente há cerca de 2 bilhões de pessoas aprendendo inglês ao redor do mundo. O fato de o Reino Unidos e os EUA estarem perdendo essa fatia de mercado é enganoso, porque a participação deles também está crescendo. No entanto, o bolo está crescendo mais e mais rápido. Em muitos países, há reminiscências românticas acerca do ensino de inglês. Muitas pessoas ainda pensam que os melhores professores são os nativos. Elas pagam inclusive a mais por isso. No entanto, minha opinião é que estão erradas. O que deve ser mudada é a maneira como o inglês é ensinado.

G1 - Como assim?
Graddol -
O inglês passou a ser encarado como uma necessidade. Muitos países se relacionam e fazem negócios entre si por meio do inglês, sem que nenhum deles tenha o inglês como primeiro idioma. Em muitos lugares, o inglês deixou de ser ensinado como língua estrangeira, como na Cinha e Índia, onde o inglês passou a ser considerado uma habilidade básica. Nesses países, os estudantes começam a aprender o idioma já nos primeiros anos escolares. A ideia é que mais tarde, quando atingirem o ensino médio, passem a ter aulas de outras disciplinas por meio do inglês. Historicamente, falar uma língua estrangeira era sinal de status. Agora, o que acontece é que as pessoas estão genuinamente tentando universalizar o idioma.

Matéria completa aqui

sábado, 8 de maio de 2010