quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Aquisição de uma segunda língua


 A AQUISIÇÃO DE UMA L2
(Algumas variáveis cognitivas e afectivas)
MARIA DE FÁTIMA A. CUNHA ARAÚJO

A investigação mais recente sobre o estudo de uma segunda língua confirma a hipótese de que os processos de aquisição (formulação inconsciente de princípios gramaticais) e de aprendizagem (o estudo consciente, de base cognitiva, da gramática) representam dois sistemas de interiorização do conhecimento da língua.
Por outro lado, e de acordo com um corpo de pesquisa cada vez mais volumoso, o grau elevado de insucesso no desenvolvimento da capacidade comunicativa na L2 (segundo idioma) deve-se fundamentalmente ao facto de as metodologias tradicionais terem considerado o estudo da língua como actividade intelectual, secundarizando (ou não considerando mesmo), entre outras, as variáveis afectivas.


Estamos perante uma viragem com implicações metodológicas profundas: a focalização desloca-se da formalização para os sentidos das comunicações genuínas, para as mensagens; a compreensão precede a produção; durante as actividades de aquisição os professores não fornecem feedback directo para os erros, de modo a não inibir a participação dos alunos em interacções comunicativas; nas primeiras fases de aquisição o vocabulário é mais importante para a compreensão do que as estruturas de superfície da sintaxe; as regras de gramática têm um lugar importante apenas na fase de edição. Para além de muitas outras.(....)


(...)O fracasso das metodologias tradicionais no desenvolvimento de uma capacidade comunicativa entre os estudantes de um L2 é por demais evidente. Fundamentadas no pressuposto da fragmentação da língua em unidades a ensinar/aprender, em termos de individualidade, e apoiadas numa perspectiva de aprendizagem mecânica, privilegia-se nelas o formalismo e a actividade meramente cognitiva, assente na monitorização permanente, inibidora da comunicação efectiva e consequente. (...)


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